Flutuação populacional e o manejo integrado de pragas

Dr. Arroz e Epagri informam:

Veja as dicas para implementar um correto manejo da bicheira-da-raiz.




Avaliação de Safra - Resultado 2012/13

Dr. Arroz e Epagri informam:

Cadeia produtiva do arroz irrigado finaliza resultados de produção e produtividade em Santa Catarina na safra 2012/13.




Manejo de pragas na entressafra

Dr. Arroz e Epagri comentam:

Onde estão as principais pragas do arroz nesta época de entressafra?
Tanto os percevejos quanto os adultos de bicheira-da-raiz estão em hibernação, esperando o tempo esquentar para reiniciarem o ataque. A hibernação normalmente é feita em locais escuros e úmidos, porém não sujeitos a alagamentos. Assim, os percevejos se abrigam em touceiras de capim alto como o rabo-de-burro e o colonião. Bainhas de folhas de palmeira-real e de bananeiras e canaviais também proporcionam refúgio aos percevejos. Adultos de bicheira-da-raiz procuram capões de mata, bambuzais ou outras áreas com vegetação arbustiva, embora não sejam tão restritos quanto aos locais de hibernação como os percevejos.
Estes insetos, ao final da entressafra, estarão debilitados pelo longo período de hibernação, e assim não apresentam intensa mobilidade e procuram, antes de mais nada, se alimentar para repor a perda nutricional. Desta forma, dirigem-se para as áreas de lavoura mais próximas aos refúgios em busca de alimento.
Quanto mais tempo demorarem para encontrar alimento, mais debilitados ficarão e mais rápido morrerão. Por isso é fundamental não deixar refúgios de hibernação próximos às áreas de lavoura. Quanto mais longe os insetos forem para hibernar, mais difícil fica seu retorno na safra seguinte.

O que fazer então?
Dentre as medidas de manejo de pragas na entressafra, deve se implementar a roçada de taipas, margens de lavoura e bordas de estradas, eliminando touceiras de capim ou outros refúgios de hibernação do entorno das lavouras.
Após esta limpeza, podem ser instalados abrigos artificiais de hibernação para captura de percevejos, que podem ser pedaços de tábuas ou telhas nas taipas e margens de estradas internas, verificando e eliminando periodicamente os percevejos encontrados sob estes abrigos.

Cuidado com a brusone

Dr. Arroz e Epagri alertam:
Surtos de brusone têm assolado lavouras catarinenses de arroz irrigado.

Em função da incidência de doenças, em especial da brusone, ser extremamente elevada na atual safra, em virtude das condições climáticas favoráveis e pela não adoção ou adoção parcial do pacote tecnológico recomendado pela Epagri, enfatizamos a necessidade da utilização das seguintes medidas para o controle da brusone:

•  Época de aplicação: realizar duas aplicações de fungicidas, sendo a primeira na fase final de emborrachamento e a segunda 14 dias após a primeira, quando a cultura estiver em pleno florescimento.

•  Tipo de bico: deve-se utilizar, preferencialmente, ponteiras de aplicação tipo duplo-leque, haja vista que há necessidade de o produto atingir as partes mais baixas da planta, pois os fungicidas, mesmo sistêmicos, movimentam-se somente no sentido ascendente.

•  Fungicidas recomendados: os principais tratamentos fungicidas recomendados são Bim + Alterne (250 g + 750 mL); Nativo + Áureo (750 mL + 500 mL); Priori + Score + Nimbus (400 mL + 300 mL + 500 mL).

•  Bim: Trata-se de um fungicida específico para brusone, portanto deve ser empregado na primeira aplicação. O Bim pode ser empregado também na segunda aplicação, porém neste caso, deve ser associado a um fungicida de amplo espectro para o controle de manchas de grãos.


OBSERVAÇÃO: a mistura de adubos foliares, aminoácidos e outros produtos a calda fungicida, que não sejam recomendados pelo fabricante ou pela pesquisa, podem alterar suas características resultando desde a redução da sua eficiência até fitotoxicidade, provocando perdas significativas de produtividade.